top of page

Entre em contato

Grupo Luandra Resende
Clínica Neurocenter
Horário de atendimento

Segundas, quartas e sextas,

das 08 às 13h.

Entre em contato ou agende sua consulta em um dos locais abaixo.

Lipedema: 12 perguntas e respostas mais comuns

  • Dra. Daniela Russo
  • 28 de jan.
  • 3 min de leitura

várias mulheres com diferentes estágios de lipedema

O lipedema é uma doença crônica e progressiva que afeta principalmente mulheres e, apesar de comum, ainda é subdiagnosticada. Isso pode ocorrer porque muitas mulheres ainda confundem o lipedema com obesidade ou gordura localizada.


Apesar de algumas semelhanças, o lipedema possui características e implicações únicas. Aqui estão 9 fatos essenciais que você precisa saber sobre essa condição.


1. O que é o lipedema?

O lipedema é caracterizado pelo acúmulo simétrico de gordura subcutânea, com maior potencial inflamatório, criando uma aparência ondulada, irregular e com aspecto de “casca de laranja”. A pele nas áreas afetadas tende a ser macia e frouxa. Essa condição é predominantemente feminina.


2. Quais as causas do lipedema?

A causa exata do lipedema não é conhecida, mas estudos sugerem uma origem multifatorial, envolvendo fatores genéticos, hormonais e comportamentais. É importante deixar claro que o lipedema não está relacionado a retenção de líquidos ou edema.


3. Qual a relação dos hormônios com o lipedema?

O lipedema tem uma relação significativa com fatores hormonais. Muitas pacientes relatam o início ou piora dos sintomas em períodos de alterações hormonais, como puberdade, gravidez e menopausa.


Isso sugere que os hormônios femininos, especialmente o estrogênio, podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento e na progressão da doença. 


4. O lipedema é hereditário?

O lipedema possui um forte componente hereditário. Muitas pessoas com a condição têm familiares próximos que também sofrem da doença. Isso reforça a importância de observar os sinais precoces, especialmente em mulheres com histórico familiar.


5. Quais os sinais e os sintomas do lipedema?

Pessoas com lipedema podem sentir:

  • Aumento desproporcional do tecido adiposo nas pernas e/ou braços; Sensibilidade aumentada nas áreas afetadas;

  • Sensação de peso ou pressão;

  • Incômodo ou dor ao toque ou após atividades físicas;

  • Mobilidade reduzida e comprometimento das articulações;

  • Pele com aspecto irregular, pouco elástica e “solta”;

  • Aspecto de celulite;

  • Formação de nódulos palpáveis sob a pele;

  • Hematomas e equimoses (manchas roxas) que surgem com facilidade e de maneira espontânea;

  • Cansaço.


6. O lipedema afeta mulheres magras?


Mulher magra com lipedema

Embora muitas vezes associado ao excesso de peso, o lipedema pode afetar mulheres magras. Nesses casos, o acúmulo de gordura característica ocorre de maneira desproporcional, principalmente nas pernas e braços, enquanto o restante do corpo mantém uma aparência esbelta.


Isso destaca a importância de diferenciar o lipedema de obesidade ou gordura localizada para evitar diagnósticos errados e proporcionar o tratamento adequado.


7. Quais as áreas afetadas pelo lipedema?

O lipedema costuma ser classificado em cinco tipos, de acordo com a região acometida:

  • Tipo 1: umbigo até o quadril;

  • Tipo 2: umbigo até a parte inferior e lateral dos joelhos;

  • Tipo 3: umbigo até os tornozelos, geralmente sem afetar os pés;

  • Tipo 4: braços (frequentemente associado aos tipos 2 e 3);

  • Tipo 5: Apenas abaixo dos joelhos.


8. Como é a progressão do lipedema?

O lipedema é uma doença crônica e progressiva, podendo ser classificado em quatro estágios:

  • Estágio 1: irregularidades leves na pele;

  • Estágio 2: maior acúmulo de gordura subcutânea, com piora do aspecto de "casca de laranja";

  • Estágio 3: volume significativo de gordura e deformidades visíveis;

  • Estágio 4: nódulos grandes e dolorosos, com comprometimento linfático e da mobilidade.


O diagnóstico precoce e tratamento adequado contribui significativamente para controlar a progressão da doença.


9. O lipedema afeta a saúde emocional?

Infelizmente, sim. O lipedema pode causar impacto emocional significativo, devido à dor crônica, limitações físicas e mudanças estéticas. Isso pode levar à baixa autoestima, ansiedade e depressão.


10. Como é o diagnóstico do lipedema?

O diagnóstico do lipedema é clínico, baseado no histórico médico, avaliação física e exames complementares, como ultrassonografia. O reconhecimento precoce é fundamental para um melhor controle.


11. Como é o tratamento do lipedema?

O lipedema requer um tratamento multidisciplinar, que depende do estágio da doença e dos sintomas de cada paciente. Pode incluir:

  • Drenagem linfática;

  • Exercícios físicos de baixo impacto;

  • Terapia de compressão;

  • Dieta anti-inflamatória;

  • Terapia hormonal; 

  • Tratamentos estéticos;

  • Tratamentos cirúrgicos, como a lipoaspiração técnica para lipedema.


O controle precoce do lipedema pode melhorar a qualidade de vida, prevenir complicações como linfedema e preservar a mobilidade. Buscar apoio médico é essencial para lidar com a condição.


12. O lipedema tem cura?

Atualmente, o lipedema não tem cura. No entanto, com tratamentos adequados, é possível controlar os sintomas, retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida.

O foco está no manejo dos sinais, no alívio do impacto físico e emocional da condição. Isso envolve as intervenções multidisciplinares que citei acima ;)


Conclusão

O lipedema é uma condição complexa que exige conscientização e suporte adequado. Conhecer os sinais, entender as opções de tratamento e buscar ajuda precoce são passos essenciais para uma vida mais saudável e equilibrada.

Posso te ajudar? Entre em contato!


Um abraço, 

Dra. Daniela Russo

 CRMMG 41385 RQE 24679

Comentários


Outros posts relevantes pra você

bottom of page