Baixa testosterona em mulheres: quais os sintomas?
- Dra. Daniela Russo
- 27 de mai.
- 3 min de leitura

Falamos muito no estrogênio e na progesterona como os principais hormônios femininos, mas não podemos deixar de lado a testosterona. Apesar de ela ser mais conhecida como o hormônio masculino, também é essencial para a saúde e o bem-estar das mulheres. E a baixa testosterona tem impactos significativos na vida da mulher!
Produzida pelos ovários e pelas glândulas adrenais, a testosterona está envolvida em diversas funções vitais do organismo feminino, como a manutenção da massa muscular, regulação do desejo sexual, distribuição de gordura corporal, produção de energia, foco e concentração, vitalidade e equilíbrio emocional.
A baixa testosterona em mulheres pode levar a inúmeros sintomas. E é sobre eles que eu quero falar aqui hoje, além das razões que levam ao declínio deste hormônio no organismo feminino e os melhores tratamentos. Vamos lá?
O que causa a baixa testosterona em mulheres?
A testosterona nas mulheres tende a diminuir com o passar dos anos, especialmente a partir dos 35 anos, e de forma mais acentuada durante a perimenopausa e pós-menopausa. Outras causas incluem:
Remoção dos ovários;
Excesso de peso;
Disfunção das glândulas adrenais;
Doenças autoimunes;
Uso crônico de certos medicamentos (como corticóides ou anticoncepcionais);
Estresse crônico;
Dietas muito restritivas e pobres em proteínas.
Quais os sintomas da baixa testosterona em mulheres?
Os sintomas podem variar em intensidade e combinação de mulher para mulher, mas os mais comuns incluem:
Queda da libido;
Ansiedade e irritabilidade;
Depressão e falta de vitalidade;
Dificuldade de concentração e raciocínio lento (nevoeiro mental);
Redução da força e da massa muscular;
Aumento da gordura abdominal;
Fadiga constante, mesmo sem grande esforço;
Insônia ou sono não reparador;
Dores articulares ou musculares.
Esses sintomas comprometem o bem-estar físico, mental e emocional da mulher, dificultando atividades diárias, afetando sua autoestima e relações.
Como tratar a baixa testosterona em mulheres?

O primeiro passo é buscar avaliação com um endocrinologista. Precisamos avaliar seus sintomas, histórico clínico e realizar exames laboratoriais, para confirmar a deficiência hormonal.
Entender a causa é fundamental para personalizar o tratamento e garantir sua eficácia.
A terapia de reposição de testosterona deve ser individualizada, com dosagens personalizadas e fisiológicas, acompanhadas de perto pelo endocrinologista. Queremos garantir a melhora dos sintomas, sem efeitos colaterais muito significativos.
Implantes hormonais de testosterona
Uma das formas mais modernas de reposição é por meio dos implantes hormonais. Os implantes são pequenos cilindros inseridos sob a pele, com anestesia local, no consultório mesmo. A grande vantagem é que eles liberam o hormônio de forma controlada e gradual, por vários meses, sem picos. Os benefícios incluem:
Liberação constante do hormônio, evitando picos e controlando melhor possíveis efeitos colaterais;
Mais comodidade e adesão ao tratamento;
Melhora rápida e sustentada dos sintomas.
Outras vias de administração
A outra via de administração indicada são os géis transdérmicos (de aplicação diária). A via injetável não é indicada para mulheres, pois tende a ter picos e vales hormonais, o que pode gerar efeitos colaterais indesejados, como acne, oleosidade na pele, queda de cabelo, aumento de pelos e alterações de humor.
A escolha da via depende do estilo de vida da paciente, sua resposta ao tratamento e preferência pessoal.
Conclusão
A baixa testosterona em mulheres é uma condição real e cada vez mais reconhecida pela medicina. Seus sintomas são amplos, impactam a saúde e o bem-estar da mulher, mas podem ser tratados de forma eficaz com acompanhamento especializado.
A reposição hormonal, especialmente com implantes, é uma opção segura e eficiente para restaurar o equilíbrio hormonal, melhorar a qualidade de vida e devolver a energia, o foco e a vitalidade.
Se você suspeita que seus sintomas podem estar relacionados a esse desequilíbrio, faça uma avaliação com o endocrinologista e descubra como o tratamento pode transformar sua saúde e bem-estar.
Um abraço,
Dra. Daniela Russo
CRMMG 41385 RQE 24679 RQE 24.678






















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